A Necessidade de Justificação

Somos justificados diante de Deus através do sacrifício de Jesus na cruz por nós. Mas, já parou para pensar por que precisávamos de justificação? Às vezes, entendemos que isso tem alguma relação com o pecado de Adão e Eva no paraíso, mas por que a culpa deles nos fez culpados também? Ufa! Já foi motivo de muito questionamento por aqui. Mas, encontramos a resposta na Doutrina do Pecado Original. Vou tentar expressar o que tenho aprendido e sentido sobre isso.

Ler Gênesis 3 e Romanos 5:12

Me lembro de quando li sobre a história de Adão e Eva no Jardim do Éden pela primeira vez. Eles tinham tudo: uma relação perfeita com Deus, um paraíso como lar e uma vida sem conhecimento do mal. No entanto, ao desobedecerem a única ordem que receberam de Deus, comer do fruto proibido, tudo mudou. Não apenas para eles, mas para todos nós, seus descendentes.

A ideia de que o pecado deles afetou toda a humanidade é profunda. Não significa que eu sou culpado pessoalmente pelos pecados deles, mas que herdei uma natureza propensa ao pecado.Isso significa que nascemos com uma inclinação para o pecado, uma propensão interior que nos leva a escolher o mal em vez do bem. Chamamos isso de pecado original. É como se uma sombra tivesse caído sobre toda a criação desde aquele momento. Paulo escreveu em Romanos 5:12: "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.". É uma afirmação poderosa e me leva a refletir sobre como a escolha de um único indivíduo pode ter consequências tão vastas.

Mas calma! Eis a boa notícia: “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.” Rm 5:19. Devido ao Pecado Original, os seres humanos são separados de Deus e precisam de redenção para restaurar a comunhão com Ele. Jesus Cristo veio ao mundo para oferecer essa redenção através de sua morte e ressurreição.Ele é  aquele que veio para consertar o que foi quebrado. Sua vida, morte e ressurreição não só oferecem perdão para os nossos pecados individuais, mas também a promessa de uma nova vida em comunhão restaurada com Deus.

“Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? O bem que quero fazer não faço. Mas, o mal que não quero fazer, acabo cometendo.” Enquanto reconheço como o pecado original afeta minha vida e toda a humanidade me tornando um miserável homem,  também guardo em mente a promessa de que Cristo traz redenção, renovação e me livrará do corpo desta morte. Essa esperança me inspira a viver de maneira que agrade a Deus, buscando sempre fortalecer minha fé e compreender melhor as maravilhas que Ele realiza.

Com amor e fé,

Cristão Teólogo.