top of page
Search

A Origem do Mal

Updated: Nov 22, 2024

Sabe aquela pergunta que ninguém consegue responder de primeira? "Se Deus é bom e criou tudo, como é que o mal existe?" Esse é um daqueles mistérios que nos deixam com a cabeça cheia de dúvidas. E, se você é cristão, com certeza já ouviu ou até já se fez essa pergunta: "Qual a origem do mal?" Hoje quero dividir com vocês o que venho aprendendo sobre o que os filósofos pensaram sobre isso, o que a ciência sugere e, o mais importante, o que a Bíblia nos ensina.

Imagem com o versículo de Salmos 23:4 em destaque. O texto diz: 'Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.' O fundo da imagem mostra uma paisagem de montanhas ao entardecer, com tons suaves de amarelo e marrom
"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam." Salmos 23-4

Pra mim, a pergunta mais intrigante sempre foi: "Quem criou o mal?"

A Bíblia deixa claro que Deus não criou o mal - embora seja o Criador de tudo e todas as coisas - porque Ele é completamente bom e santo. Em Gênesis 1:31, depois de toda a criação, lemos que “tudo era muito bom”. Como um Ser Perfeito criaria algo imperfeito? E mais, o pecado seria resultado direto dessa criação imperfeita. Então, de onde veio esse negócio de maldade?


Os filósofos também ficaram intrigados com essa história de mal. Santo Agostinho, por exemplo, dizia que o mal é "simplesmente" a ausência do bem, tipo a escuridão que só existe porque falta luz. Para ele, Deus não criou o mal, mas permitiu que ele existisse como consequência das escolhas erradas. Deus criou o "melhor dos mundos possíveis" Mas temos liberdade para escolher o bem ou o mal e isso é essencial para que o amor e o bem sejam reais. Sem liberdade, seríamos apenas robôs.

A ciência geralmente tenta explicar o mal como resultado de causas naturais ou psicológicas. Por exemplo, a biologia fala sobre instintos de sobrevivência que, quando fora de controle, levam à violência ou egoísmo. Já a psicologia explica o mal em termos de traumas, ambiente e escolhas.

E aqui está a parte que eu amo da Teologia. Essas explicações não contradizem o que a Bíblia diz. Afinal, o pecado original impactou tudo, até a natureza humana.


Isaías 14 e Ezequiel 28 mostram que o mal não começou na terra, mas no céu. Lúcifer, um anjo criado perfeito, se encheu de orgulho e decidiu que queria ser igual a Deus. Foi aí que o mal surgiu, como um ato de rebeldia contra o Criador. Esse ato foi o primeiro exemplo do mal, um afastamento voluntário da perfeição e da vontade de Deus.

Adão e Eva, com a famosa história da serpente, também escolheram desobedecer a Deus. Essa escolha trouxe o pecado para o mundo, e com ele, todas as consequências: dor, morte, sofrimento. Com isso, a Terra herdou as consequências desse pecado.

Conseguem perceber que esse afastamento/desobediência não veio porque Deus os criou imperfeitos, mas do mau uso do livre-arbítrio — a liberdade dada por Deus para escolher?


Tenho pra mim que a pergunta mais esclarecedora seria: “Como o mal surgiu?” E aí a resposta começa a fazer mais sentido. O mal não é algo que foi “feito”, mas sim uma consequência de escolhas livres. Lúcifer escolheu se rebelar, Adão e Eva escolheram desobedecer, e assim o mal entrou na história. Ele não tem uma substância própria; é mais como uma ausência ou distorção do bem, como um buraco numa parede perfeita. Isso muda tudo, porque o problema não está na criação de Deus, mas no uso da liberdade que Ele deu. O mal é como uma sombra, que só existe porque algo bloqueia a luz. Pense assim: o mal não tem forma própria, mas aparece onde o bem está ausente. É como a fome, que surge quando falta alimento, ou a ferrugem, que estraga algo que antes era bom. O mal é como uma nota desafinada numa música perfeita, algo que estraga o que era belo e perfeito. Ele não foi “criado”, mas surgiu quando escolhas afastaram o bem.


Então tá, Deus não criou o mal, mas o permite. Por que Deus, sendo todo-poderoso, deixou o mal existir? Eu penso que para o amor ser verdadeiro, ele precisa ser uma escolha, não uma imposição. Deus nos deu o livre-arbítrio, e isso significa que podemos escolher o bem ou o mal. Infelizmente, o mal é a consequência inevitável da liberdade mal usada.


Apesar disso, a Bíblia garante que o mal tem prazo de validade. Em Apocalipse 21:4, vemos a promessa de que Deus vai enxugar toda lágrima, e o mal não terá mais lugar na nova criação. Essa é a boa notícia: Deus não apenas permitiu o mal, Ele também providenciou a solução. A cruz de Cristo é a prova de que Deus entrou no nosso sofrimento para vencê-lo. O mal pode ter poder temporário, mas a vitória final é de Deus. Mesmo diante do mal, podemos confiar que Deus tem um propósito maior. A vontade de Deus é perfeita e sempre busca o nosso bem, mas Ele permite o mal porque nos deu liberdade para escolher. Essa permissão nunca significa abandono; pelo contrário, Deus usa até o que é ruim para cumprir Seus planos de amor. A maior prova disso está na cruz: o maior mal da história, a morte de Jesus, trouxe a maior esperança, nossa salvação. O mal é real, mas não é eterno. No fim, Deus enxugará toda lágrima e restaurará todas as coisas.


Com amor e fé,

Cristão Teólogo.



 
 
 

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating

​Dúvidas ou Sugestões

Obrigado pelo envio!

© 2035 por Quebra-cabeças. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page